O desafio do balde de gelo, viralizado em 2014 para arrecadar fundos para a esclerose lateral amiotrófica (ELA), voltou ao TikTok com uma nova proposta: conscientizar sobre saúde mental. A versão foi criada por estudantes da Universidade da Carolina do Sul, vinculados ao grupo Mental Illness Needs Discussion, e já arrecadou mais de US$ 245 mil para projetos do setor, segundo a ONG Active Minds. A hashtag #icebucketchallenge é a quinta mais popular nos EUA, com 21 mil publicações, seguindo a mesma lógica de convites entre participantes.
Alguns defensores da causa da ELA criticaram a apropriação da trend, como a ativista Brooke Eby, que expressou frustração por ver o desafio sendo usado para outra finalidade enquanto a doença ainda não tem cura. No entanto, a Associação de ELA apoiou a iniciativa, ressaltando que a saúde mental afeta todos, incluindo pacientes com a condição. Em 2014, o desafio original arrecadou US$ 115 milhões para pesquisas, graças ao engajamento de celebridades e figuras públicas.
A retomada do desafio no TikTok reacendeu o debate sobre o uso de campanhas virais para diferentes causas, equilibrando nostalgia e críticas. Enquanto alguns veem a adaptação como uma evolução natural, outros defendem a manutenção do foco original. A Forbes destaca ainda outras tendências influenciadas pela plataforma, como mudanças no comportamento alimentar e competição com redes rivais.