O Ibovespa Futuro iniciou a sessão desta quarta-feira (16) em queda, refletindo a aversão ao risco dos investidores diante dos desdobramentos da guerra comercial entre EUA e China. A decisão do governo americano de proibir a Nvidia de vender chips avançados à China, com potencial prejuízo de US$ 5,5 bilhões para a empresa, e a expectativa de novas tarifas sobre semicondutores e produtos farmacêuticos pressionaram o mercado. Além disso, os agentes financeiros aguardam o discurso do chair do Fed, Jerome Powell, que pode trazer insights sobre a política monetária após o anúncio de uma pausa nas tarifas recíprocas.
Na frente externa, os mercados reagiram a dados positivos da economia chinesa, que cresceu 5,4% no primeiro trimestre, acima das projeções, enquanto a inflação da zona do euro também esteve em foco. No cenário doméstico, a assembleia de acionistas da Petrobras e as declarações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, foram destacadas como eventos relevantes. Em Wall Street, os índices futuros operavam no vermelho, com o Nasdaq liderando as perdas (-1,39%), sinalizando cautela global.
O dólar apresentou leve queda frente ao real, enquanto os preços do petróleo e do minério de ferro recuaram, refletindo incertezas sobre o impacto da guerra comercial na demanda por commodities. Apesar do crescimento robusto da China, as medidas protecionistas dos EUA continuam a gerar volatilidade, com bancos revisando para baixo as perspectivas econômicas globais. O mercado segue atento aos próximos capítulos desse embate, que pode definir os rumos dos investimentos no curto prazo.