Um homem foi condenado a 14 anos de prisão pelo assassinato da própria filha, de apenas dois meses, em Florianópolis. O crime ocorreu em setembro de 2020, quando ele, após se levantar para dar mamadeira à criança, bateu repetidamente a cabeça dela contra a parede, causando um traumatismo cranioencefálico fatal. Inicialmente, ele alegou que a morte havia sido acidental, por asfixia, mas exames periciais descartaram essa versão, confirmando a violência como causa do óbito.
Esta foi a segunda vez que o caso foi julgado. No primeiro julgamento, o réu recebeu uma pena branda de um ano em regime aberto, por homicídio culposo. No entanto, o Ministério Público de Santa Catarina recorreu, argumentando que os jurados haviam considerado apenas o depoimento do acusado, ignorando as evidências físicas e o relato da mãe, que afirmou ter sido ameaçada pelo companheiro. O recurso foi aceito, levando a uma nova condenação, desta vez por homicídio doloso, com agravante de parentesco.
A mãe da criança relatou que, na noite do crime, ouviu um barulho de impacto, mas o acusado insistiu que não havia ocorrido nada. Pouco depois, ele a chamou, alegando que a bebê havia se asfixiado. O laudo cadavérico, contudo, confirmou que a morte foi resultado exclusivo do traumatismo craniano. A pena será cumprida em regime fechado, marcando o fim de um processo judicial que durou quase três anos.