Ao longo dos anos, o INSS tem sido alvo de diversos esquemas de fraude, resultando em prejuízos bilionários aos cofres públicos. Desde a sua criação, em 1990, o órgão enfrenta casos emblemáticos, como a megafraude descoberta em 1991, que desviou bilhões, e operações recentes, como a “Sem Desconto”, que revelou descontos indevidos de até R$ 8 bilhões em benefícios de aposentados. Esses crimes envolvem desde servidores públicos até intermediários, que utilizam métodos como falsificação de documentos, reativação de benefícios de falecidos e criação de identidades fictícias para desviar recursos.
Nos últimos anos, a Polícia Federal tem intensificado as operações para combater essas irregularidades. Só em 2025, foram deflagradas ações como “Mandatum”, que investigou atestados médicos falsos, e “Melhor Idade”, que desarticulou um esquema de “idosos de aluguel” para fraudar o Benefício de Prestação Continuada (BPC-Loas). Outras operações, como “Caça ao Tesouro” e “Vicarius”, expuseram saques ilegais e empréstimos fraudulentos, com prejuízos que chegam a dezenas de milhões de reais.
Apesar dos esforços, os desafios persistem, com fraudes adaptando-se às fiscalizações. Casos como o de “mortos-vivos” e “aposentadorias rurais fraudulentas” mostram a complexidade desses esquemas, que muitas vezes contam com a participação de funcionários do próprio INSS. A história do órgão reflete a necessidade contínua de aprimoramento dos mecanismos de controle e transparência para proteger os recursos destinados aos beneficiários legítimos.