A tradição de presentear com ovos na Páscoa remonta a culturas antigas, muito antes de se tornar um símbolo cristão. Originalmente, ovos de galinha, pato ou ganso eram trocados como representações de fertilidade e renovação, especialmente durante festivais como o início da primavera. Com o tempo, os ovos passaram a ser decorados com pigmentos naturais, como beterraba e açafrão, tornando-se presentes mais elaborados.
Com o cristianismo, o ovo ganhou novo significado, associado à ressurreição de Jesus e à ideia de vida nova. Na Europa medieval, a tradição evoluiu para um símbolo de status, com a elite trocando ovos de materiais luxuosos, como porcelana e ouro. Essa prática inspirou até mesmo os famosos Ovos Fabergé, joias russas que se tornaram ícones de opulência.
A versão em chocolate surgiu entre os séculos 17 e 18, na França, quando confeiteiros começaram a criar ovos recheados com uma mistura de chocolate, açúcar e ovos. Com avanços na confeitaria, os ovos passaram a ser feitos inteiramente de chocolate, ganhando textura e sabor mais suaves. Hoje, eles dominam as celebrações da Páscoa, mantendo viva uma tradição milenar adaptada aos gostos modernos.