A BBC acompanhou os últimos momentos de Wayne Hawkins, um homem de 80 anos com doenças terminais, que optou pela morte assistida na Califórnia, onde a prática é legal desde 2016. Hawkins, cercado pela família, ingeriu uma medicação letal após seguir rigorosos protocolos médicos e legais. Sua decisão reacende discussões sobre um projeto de lei semelhante em tramitação no Reino Unido, que permitiria a adultos com doenças terminais encerrarem suas vidas sob condições específicas.
O caso ilustra as complexidades éticas e emocionais envolvidas na morte assistida. Enquanto defensores argumentam que a prática garante dignidade e autonomia a pacientes em sofrimento, críticos alertam para riscos como coerção silenciosa e a desvalorização de cuidados paliativos. Médicos e ativistas destacam preocupações sobre o impacto em pessoas vulneráveis, enquanto famílias como a de Hawkins veem a escolha como um ato de compaixão.
O debate no Reino Unido, onde parlamentares estão divididos, reflete dilemas globais sobre o tema. Se aprovado, o projeto de lei britânico seguiria modelos como o da Califórnia, com salvaguardas para evitar abusos. A história de Hawkins, porém, vai além da política: é um retrato íntimo de como famílias enfrentam o fim da vida, entre dor, amor e a busca por controle sobre seu destino.