A hipertensão arterial, ou pressão alta, atinge cerca de 28% da população adulta no Brasil, segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), mas apenas 30% dos pacientes seguem o tratamento corretamente. A doença, muitas vezes assintomática, é responsável por 388 mortes diárias no país devido a complicações como AVC, infarto e insuficiência renal. Dados do Ministério da Saúde revelam que aproximadamente 10 milhões de brasileiros vivem com a condição sem diagnóstico ou acompanhamento adequado, destacando a necessidade de campanhas de conscientização e diagnóstico precoce.
A adesão ao tratamento é 73% maior entre pacientes que participam de programas como Benefício Farmácia (BF) e Programas de Suporte ao Paciente (PSP), segundo estudo da Funcional Health Tech. Enquanto a média nacional de uso de medicamentos é de 30%, entre beneficiários do BF, esse índice sobe para 52%. O acesso facilitado a remédios, com economia de até 58,8%, e o sentimento de acolhimento são fatores-chave para melhorar a adesão, conforme explica especialistas.
A prevenção e o controle da hipertensão passam por medidas como redução do consumo de sal, alimentação balanceada e monitoramento regular da pressão arterial. Cardiologistas defendem o uso de tecnologias, como acompanhamento remoto e lembretes por aplicativos, para aumentar a conscientização e o engajamento dos pacientes. Campanhas em locais públicos e unidades de saúde também são essenciais para reduzir complicações e melhorar a qualidade de vida da população afetada.