O desarmamento do Hezbollah, antes considerado improvável, agora surge como uma possibilidade realista diante das pressões internacionais e do enfraquecimento do grupo após seu conflito com Israel. Especialistas apontam que a guerra alterou significativamente o cenário, tornando viável até mesmo uma adesão voluntária do movimento ao processo de desarmamento. As negociações entre Estados Unidos e Irã, embora focadas no programa nuclear, podem influenciar o futuro do Hezbollah, já que Teerã é seu principal apoiador.
O acordo de cessar-fogo de novembro prevê a retirada do grupo do sul do Líbano e o desmantelamento de sua infraestrutura militar, mas os EUA pressionam por um desarmamento completo. O governo libanês, liderado pelo presidente Joseph Aoun, defende uma solução por meio do diálogo, enquanto analistas destacam que o Hezbollah pode ceder parte de seu arsenal pesado ao Exército nacional. No entanto, qualquer decisão provavelmente dependerá do aval do Irã, cujo papel nas negociações regionais é crucial.
Enquanto isso, Israel mantém operações no sul do Líbano, alegando atingir alvos do Hezbollah, o que, segundo especialistas, reforça a justificativa do grupo para manter suas armas. Analistas divergem sobre os cenários possíveis: desde a integração dos combatentes do Hezbollah às Forças Armadas libanesas até um desmantelamento total. A prudência e o tempo são vistos como fatores essenciais para evitar novos conflitos, enquanto o Irã pode abandonar seu apoio ao grupo em troca de concessões diplomáticas.