A Universidade de Harvard recusou as demandas do governo federal, que ameaçou cortar US$ 9 bilhões em financiamento sob a alegação de que a instituição tolera o antissemitismo em seu campus. Em uma carta assinada por seus advogados, a universidade afirmou que não abrirá mão de sua independência ou dos direitos garantidos pela Constituição, destacando que nenhuma instituição privada deve ser controlada pelo governo. Harvard também ressaltou que não aceitará exigências que ultrapassem a autoridade legítima da administração atual.
O governo havia solicitado, no início de abril, o fim de programas de diversidade, equidade e inclusão (DEI) e mudanças em iniciativas que supostamente fomentam o assédio antissemita. A universidade, no entanto, argumentou que já adotou medidas significativas nos últimos 15 meses para combater o problema e que sua situação atual é muito diferente da de um ano atrás. Além disso, criticou as exigências por violarem a Primeira Emenda, que protege a liberdade de expressão e a autonomia das instituições de ensino.
Enquanto Harvard se mantém firme em sua posição, outras universidades, como Columbia, optaram por negociar com o governo para recuperar fundos cortados. O conflito reflete a tensão entre o poder federal e as instituições acadêmicas, especialmente em meio aos protestos contra a guerra em Gaza que se espalharam pelos campi nos últimos meses. Harvard, no entanto, insiste que sua prioridade é preservar sua integridade acadêmica e legal.