Uma alimentação equilibrada é fundamental para a saúde física e mental, mas no Transtorno do Espectro Autista (TEA), a seletividade alimentar pode levar a déficits nutricionais, como falta de cálcio, vitamina D e zinco, impactando o desenvolvimento e aumentando riscos de obesidade. Estratégias como a técnica do *food chaining* — introdução gradual de alimentos similares aos preferidos — e o envolvimento da criança na preparação das refeições podem facilitar a aceitação de novos alimentos. No entanto, é essencial o acompanhamento de profissionais especializados para evitar restrições severas que agravem deficiências nutricionais.
Estudos sugerem que suplementos como ômega 3 e vitamina D podem melhorar sintomas comportamentais, mas ainda não há consenso científico. Dietas sem glúten ou caseína (GFCF) e abordagens como a cetogênica ou low-FODMAP são opções para casos específicos, porém exigem supervisão médica. Além disso, a conexão entre intestino e cérebro no TEA abre caminho para pesquisas sobre probióticos, embora mais evidências sejam necessárias para definir recomendações precisas.
Reduzir alimentos ultraprocessados e açúcares pode beneficiar o bem-estar, mas mitos como “dietas que curam o autismo” devem ser desmentidos. Para famílias de baixa renda, buscar orientação em serviços públicos e priorizar alimentos nutritivos e acessíveis é crucial. Escolas e cuidadores também desempenham um papel importante, adaptando ambientes e rotinas alimentares para respeitar as necessidades sensoriais das crianças com TEA, sempre em parceria com profissionais de saúde.