O mercado de trabalho brasileiro apresenta diversas modalidades de ocupação, desde o trabalho formal com carteira assinada até o informal, autônomo e o microempreendedor individual (MEI). Enquanto o trabalhador formal tem acesso a direitos como FGTS, férias remuneradas e previdência social, o informal enfrenta a falta de proteção jurídica e previdenciária, além de instabilidade financeira. O MEI surge como uma alternativa de formalização simplificada, permitindo CNPJ e acesso a benefícios previdenciários, ainda que limitados.
A informalidade, embora ofereça flexibilidade e menor carga tributária no curto prazo, traz riscos como a ausência de aposentadoria, auxílio-doença e segurança jurídica. Já o trabalho formal, regulado pela CLT, garante estabilidade e direitos consolidados, mas enfrenta resistência cultural entre jovens, que muitas vezes o associam a falta de liberdade. Especialistas destacam que a desvalorização do emprego formal reflete a escassez de oportunidades e a idealização do empreendedorismo, sem considerar os riscos da precarização.
Além disso, práticas como a pejotização—contratação de trabalhadores como PJ para mascarar vínculos empregatícios—são apontadas como fraudes que prejudicam tanto os empregados, privados de direitos básicos, quanto o Estado, que perde arrecadação. A discussão sobre o futuro do trabalho no Brasil passa, portanto, pelo equilíbrio entre flexibilidade e proteção social, garantindo condições dignas para todos os trabalhadores.