A compra da casa própria é um objetivo para 38,8% dos brasileiros, segundo a pesquisa Global Entrepreneurship Monitor (GEM) 2024. No entanto, esse passo exige planejamento financeiro rigoroso, especialmente em um cenário de alta taxa Selic (14,25% ao ano), que impacta diretamente os juros dos financiamentos. Especialistas destacam a importância de analisar o orçamento familiar, evitar decisões impulsivas e considerar custos adicionais, como ITBI, escritura e manutenção, que podem somar até 5% do valor do imóvel.
Entre as principais recomendações, está o comprometimento de no máximo 30% da renda líquida com as parcelas ou poupança para a entrada. A escolha entre comprar ou permanecer no aluguel depende da estabilidade financeira e do momento de vida, enquanto a seleção do tipo de financiamento—SAC ou Tabela Price—deve considerar o Custo Efetivo Total (CET) e a capacidade de pagamento a longo prazo. Simulações com instituições financeiras são essenciais para encontrar a opção mais vantajosa.
O planejamento deve ser adaptado ao perfil do comprador, como solteiros, casais ou autônomos, levando em conta fatores como localização, estrutura e comprovação de renda. Iniciar cedo pode trazer mais tranquilidade, mas não há idade ideal: o importante é alinhar o prazo do financiamento com a realidade atual e futura. Com disciplina, metas claras e informações confiáveis, a conquista da casa própria se torna um objetivo alcançável, independentemente da fase da vida.