A Guerra do Vietnã, que terminou há 50 anos em 30 de abril de 1975, marcou a maior derrota militar dos Estados Unidos e se tornou um símbolo da Guerra Fria. O conflito, que opôs o Vietnã do Norte, apoiado por União Soviética e China, ao Vietnã do Sul, aliado dos EUA, durou 16 anos e resultou em mais de 1 milhão de mortes vietnamitas e 58.000 norte-americanas. A retirada das tropas dos EUA em 1973 e a posterior queda de Saigon em 1975 consolidaram a reunificação do Vietnã sob um governo comunista, redefinindo a política externa americana nas décadas seguintes.
O conflito provocou profundas transformações na sociedade norte-americana, impulsionando movimentos pacifistas e protestos estudantis que desafiaram a autoridade política. A cobertura televisiva da guerra, somada ao uso de armas químicas como o agente laranja, gerou forte rejeição pública e influenciou decisões sobre intervenções militares futuras. A chamada “síndrome do Vietnã” tornou-se um termo emblemático para descrever a relutância da opinião pública em apoiar guerras prolongadas.
Hoje, o Vietnã mantém relações diplomáticas e comerciais com os Estados Unidos, evidenciando uma reconciliação pós-conflito. Em 2023, uma visita do ex-presidente Joe Biden a Hanói reforçou parcerias estratégicas, refletindo a crescente disputa de influência com a China na Ásia. A Guerra do Vietnã permanece como um marco histórico, destacando o complexo entrelaçamento entre poder militar, sociedade civil e política internacional.