Cerca de 70 entidades do movimento negro e da sociedade civil solicitaram à Comissão Interamericana de Direitos Humanos da OEA celeridade na investigação de casos de violência policial no estado de São Paulo. O pedido, formalizado em dezembro, ganhou urgência após a morte de um comerciante senegalês de 34 anos, baleado por um policial militar durante uma operação no Brás, região central da capital paulista. As organizações classificaram o episódio como parte de um padrão de violência desproporcional contra imigrantes negros e trabalhadores informais.
As entidades também solicitaram que a OEA avalie a adoção de medidas cautelares para proteger a população negra e imigrante, alegando omissão e cumplicidade das autoridades estaduais. Em resposta, a Secretaria de Segurança Pública informou que o policial envolvido foi afastado e que o caso está sob investigação do DHPP. Após o incidente, protestos contra a violência policial ocorreram na região, com confrontos entre manifestantes e a tropa de choque.
O Poder360 tentou contato com a assessoria do governo paulista para obter um posicionamento sobre o pedido enviado à OEA, mas não houve resposta até a publicação da reportagem. O texto será atualizado caso haja manifestação posterior. A situação reacende o debate sobre a atuação das forças de segurança e a proteção de grupos vulneráveis no estado.