Uma coalizão de representantes da indústria automobilística dos Estados Unidos manifestou preocupação com a possível imposição de tarifas de 25% sobre autopeças importadas. Em carta dirigida ao governo, os grupos argumentaram que a medida, prevista para entrar em vigor em 3 de maio, poderia prejudicar as vendas de veículos e elevar os preços para os consumidores. Entre os signatários estão a Aliança para Inovação Automotiva, que reúne grandes montadoras, e o Conselho Americano de Política Automotiva, representante das fabricantes de Detroit.
As tarifas, segundo a carta, teriam um efeito cascata, desestabilizando a cadeia de suprimentos global e tornando a manutenção de veículos mais cara e menos previsível. O alerta destaca que o aumento nos custos das peças impactaria diretamente os concessionários e os consumidores finais, reduzindo a competitividade do setor. A medida também poderia afetar a produção e os empregos no mercado automotivo, que já enfrenta desafios econômicos.
O posicionamento dos grupos reflete a tensão entre as políticas comerciais e os interesses da indústria, que busca evitar medidas que possam encarecer os produtos e reduzir a demanda. A discussão ocorre em um momento sensível para o setor, que depende de componentes importados para manter sua operação. O desfecho da questão poderá influenciar não apenas o mercado americano, mas também as relações comerciais com outros países.