Um grupo de 12 pessoas em situação de rua, incluindo homens, mulheres, idosos, crianças e uma gestante, foi transportado pela prefeitura de Cabo Frio, no Rio de Janeiro, para Linhares, no Espírito Santo, com a promessa de emprego na colheita de café. No entanto, ao chegarem ao destino, foram abandonados em uma rua sem qualquer assistência ou confirmação da oferta de trabalho. Os relatos indicam que a promessa teria partido de um coordenador de um abrigo local, mas tanto ele quanto a prefeitura negam, afirmando que apenas forneceram o transporte.
Os indivíduos envolvidos relataram que aceitaram a proposta na esperança de mudar de vida, mas se viram em uma situação ainda mais vulnerável, sem documentos ou apoio. A prefeitura de Linhares os acolheu após pedidos de ajuda, e a delegacia local abriu uma investigação para apurar os fatos. A Defensoria Pública do RJ também iniciou um procedimento para acompanhar o caso, destacando que é irregular transportar pessoas em situação de rua sem garantir condições adequadas de acolhimento.
Enquanto a prefeitura de Cabo Frio insiste que cumpriu apenas com o transporte, usando recursos de assistência social, o caso levanta questões sobre a responsabilidade e os protocolos adotados no atendimento a populações vulneráveis. A situação expõe falhas na coordenação entre os municípios e a necessidade de maior fiscalização para evitar que promessas não cumpridas agravem a condição de quem já vive em risco social.