O governo federal anunciou a suspensão de todos os acordos que permitiam o desconto de mensalidades sindicais diretamente dos benefícios do INSS, após a descoberta de um esquema de fraudes envolvendo descontos não autorizados. A medida, confirmada pelo ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), visa interromper imediatamente os repasses irregulares e reorganizar o sistema. A CGU será responsável por fiscalizar a implementação da decisão, que busca corrigir as falhas e proteger os beneficiários.
A suspensão ocorre após uma operação conjunta da Polícia Federal e da CGU, que revelou descontos indevidos de R$ 6,3 bilhões em aposentadorias e pensões entre 2019 e 2024. Em resposta, a Justiça Federal determinou o afastamento do então presidente do INSS, que posteriormente pediu demissão. Autoridades ainda não têm um levantamento exato do número de atingidos, mas afirmam que os valores podem ser devolvidos já no pagamento de maio.
O ministério da Justiça destacou que a medida é uma “administração por cautela” para examinar e regularizar o sistema. Enquanto isso, os beneficiários são orientados a revisar seus extratos e solicitar o bloqueio de débitos não autorizados. A operação investiga repasses ilegais a entidades, reforçando a necessidade de transparência e fiscalização rigorosa.