O governo brasileiro moveu uma ação judicial contra a Meta, controladora do Facebook e Instagram, para impedir o uso de símbolos oficiais e imagens de autoridades em golpes divulgados em suas plataformas. A Advocacia-Geral da União (AGU) responsabiliza a empresa por falhas na moderação, já que mais de 1.700 anúncios fraudulentos foram veiculados entre 10 e 21 de janeiro. Os golpes simulavam programas governamentais, usavam logotipos oficiais e imagens manipuladas por inteligência artificial para enganar usuários, prometendo depósitos via Pix em troca de taxas falsas.
Segundo a AGU, os anúncios continham erros evidentes, como programas inexistentes e padrões gráficos inconsistentes, que poderiam ter sido identificados com uma análise adequada. A ação pede que a Meta indenize a sociedade por danos morais coletivos e devolva os lucros obtidos com os anúncios, além de adotar medidas mais eficazes de verificação. Os recursos arrecadados seriam destinados ao Fundo de Defesa dos Direitos Difusos.
A ação foi baseada em dados de um estudo da UFRJ, que alertou sobre a epidemia de golpes envolvendo o Pix nas redes sociais. A AGU reforça que a fraude poderia ter sido evitada com maior rigor na moderação de conteúdo. A Meta ainda não se pronunciou sobre o caso, que destaca os desafios das plataformas no combate à desinformação e a crimes financeiros.