A necessidade líquida de financiamento do Governo Geral (Governo Central, Estados e municípios) caiu para 6,2% do PIB em 2024, uma redução de 1,5 ponto percentual em relação a 2023, quando ficou em 7,7%. Segundo o Tesouro, o resultado foi impulsionado pelo crescimento nominal de 12,7% na receita, superior ao aumento de 8,1% nas despesas. A maior parte do déficit veio do governo central (5,7% do PIB), seguido pelos estados (0,5%), enquanto os municípios registraram uma pequena capacidade de financiamento (0,01% do PIB).
A receita total do governo geral subiu de 37,6% para 39,5% do PIB, com destaque para o aumento na arrecadação de impostos (1,97 p.p. do PIB) e contribuições sociais (0,05 p.p.). Já as despesas cresceram de 45,3% para 45,7% do PIB, com elevação nos gastos com bens e serviços (0,21 p.p.) e juros (0,14 p.p.). O investimento líquido também avançou, atingindo 0,6% do PIB, marcando o terceiro ano consecutivo de saldo positivo, algo não visto desde 2015.
O relatório destacou a melhora nas contas públicas, com maior eficiência na arrecadação e controle de gastos, embora o governo central ainda seja o principal responsável pelo déficit. A análise sugere um cenário fiscal em gradual recuperação, mas com desafios persistentes, especialmente nos níveis estadual e federal.