Desde janeiro de 2023, o governo federal passou por dez mudanças em sua equipe ministerial, com três delas motivadas por denúncias. A mais recente ocorreu com a saída do Ministério das Comunicações, após a Procuradoria-Geral da República apresentar acusações de crimes como lavagem de dinheiro e corrupção passiva. A defesa do ex-titular da pasta afirmou sua inocência, enquanto o partido União Brasil avalia nomes para a substituição, sendo o líder da legenda na Câmara um dos cotados.
As trocas anteriores incluíram demissões relacionadas a crises políticas, como a passividade diante dos atos de 8 de janeiro, e ajustes para acomodar aliados do Centrão. Reformas ministeriais em setembro de 2023, por exemplo, buscaram fortalecer a base governista no Congresso, com mudanças em pastas como Turismo, Esportes e Portos e Aeroportos. Em outros casos, como na Justiça e na Secretaria de Comunicação, as alterações visaram melhorar a eficiência administrativa ou a imagem pública do governo.
Em 2025, ajustes continuaram com a substituição de ministros da Saúde e da Secretaria de Relações Institucionais, esta última assumida por uma figura conhecida por sua articulação política. A nomeação foi bem recebida por líderes do Legislativo, mas criticada pela oposição, que vê risco de radicalização. As mudanças refletem a busca por equilíbrio entre estabilidade política e eficiência na gestão, enquanto o governo enfrenta desafios de popularidade e comunicação.