O ministro das Cidades, Jader Filho, anunciou que 3% das unidades do programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV) serão destinadas a pessoas em situação de rua. Os imóveis, subsidiados pelo Fundo de Arrendamento Residencial (FAR), serão gratuitos e acompanhados por políticas de reinserção social. A primeira fase prevê a entrega de 1.000 moradias, prioritariamente em 38 municípios, incluindo capitais e cidades com mais de 1.000 pessoas sem-teto cadastradas no CadÚnico. Os critérios de seleção priorizam famílias com crianças, mulheres, pessoas trans, indígenas, idosos e pessoas com deficiência.
A iniciativa integra a reformulação do MCMV, que terá seu orçamento ampliado para até R$ 18 bilhões. O governo também criou uma nova faixa para a classe média, permitindo financiamento de imóveis de até R$ 500 mil para famílias com renda mensal de até R$ 12 mil. Com essas medidas, a meta do programa foi elevada para 2 milhões de unidades habitacionais, com potencial de chegar a 3 milhões, impulsionando o setor da construção civil e gerando empregos.
A estratégia busca reverter a baixa popularidade do governo, com foco em ampliar o acesso à moradia e estimular a economia. As prefeituras serão responsáveis pela seleção dos beneficiários quando as obras atingirem 50% de execução. O anúncio reforça a tentativa de conciliar políticas sociais com desenvolvimento econômico, atendendo a diferentes camadas da população.