A ministra da Secretaria de Relações Institucionais afirmou que o governo está disposto a discutir a possibilidade de reduzir penas para envolvidos nos ataques de 8 de janeiro de 2023, mas destacou que a anistia não será considerada para os líderes do movimento. Ela ressaltou a importância de esclarecer aos parlamentares que o projeto em análise não se limita aos eventos daquela data, mas abrange um período mais amplo, o que exige cautela nas negociações. A ministra confia no presidente da Câmara para evitar a votação de uma proposta considerada excessivamente abrangente.
A oposição busca reunir assinaturas para acelerar a votação do projeto, mas ainda faltam seis apoios para viabilizar o requerimento de urgência. Alguns deputados da base governista já assinaram a lista, indicando uma possível abertura para a redução de penas, desde que não se estenda aos organizadores dos atos. A líder do PT observou que essa flexibilidade não significa apoio à anistia dos principais responsáveis.
A ministra enfatizou a necessidade de um debate transparente, alertando que a sociedade e os parlamentares devem compreender plenamente as implicações da proposta. Ela defendeu que a discussão sobre a mediação de penas seja feita com responsabilidade, sem abrir espaço para a absolvição daqueles que lideraram os eventos. “Faz sentido o STF revisar acordos, mas anistia ampla não é negociável”, concluiu, reforçando a posição do governo.