O governo de São Paulo publicou nesta terça-feira (15) uma lista de 35 escolas estaduais aprovadas para aderir ao modelo cívico-militar, em uma segunda rodada de consultas. Uma terceira etapa está prevista para os próximos dias, com o anúncio final das escolas selecionadas marcado para 25 de abril. O programa, que deve começar no segundo semestre deste ano, inclui instituições na capital, região metropolitana, litoral e interior, com investimentos equivalentes aos das escolas regulares.
O modelo, inspirado em uma política do governo federal anterior, enfrenta resistência de entidades educacionais e órgãos públicos. Críticos argumentam que a militarização de escolas civis viola princípios constitucionais, como a liberdade de pensamento e a gestão democrática. A Advocacia-Geral da União (AGU) e o Ministério Público Federal (MPF) já se posicionaram contra, alegando falta de amparo legal para a atuação de militares em funções educacionais.
Apesar das controvérsias, o governo paulista defende a iniciativa, afirmando que os militares atuarão apenas em atividades extracurriculares e no apoio disciplinar, sem substituir professores. Enquanto isso, organizações como a ONU expressaram preocupação com a militarização da educação, destacando riscos ao desenvolvimento crítico dos estudantes. O debate continua, com o programa sendo implementado mesmo após sua revogação em nível federal.