O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, afirmou que o governo trabalhará para reduzir a alíquota mínima de 10% imposta pelos Estados Unidos sobre exportações brasileiras. Em entrevista, ele destacou que o diálogo e a negociação serão os caminhos prioritários para resolver a questão. Alckmin reiterou que, apesar de o Brasil ter recebido a menor tarifa na lista divulgada pelo governo norte-americano, a medida não reflete o perfil equilibrado das trocas comerciais entre os dois países.
O ministro lembrou que os EUA têm superávit comercial com o Brasil e que, dos dez produtos mais exportados por eles, oito entram no mercado brasileiro com alíquota zero. A tarifa média final sobre todos os produtos é de apenas 2,7%, o que, segundo ele, justifica a busca por uma revisão da sobretaxa. Alckmin também citou o caso do aço, destacando que as empresas brasileiras, taxadas em 25%, importam carvão siderúrgico dos EUA, integrando uma cadeia produtiva que também impacta os norte-americanos.
Enquanto isso, o presidente dos EUA anunciou um aumento imediato para 125% nas tarifas sobre produtos chineses e uma pausa de 90 dias para países que não retaliaram as medidas comerciais. O governo brasileiro segue confiante na resolução do impasse por meio de negociações, defendendo que a sobretaxa não beneficia nenhuma das partes envolvidas.