O governo federal anunciou a expansão do programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV), criando uma nova faixa de financiamento para famílias com renda de até R$ 12 mil. Chamada de Faixa 4, a iniciativa oferece condições mais vantajosas, como juros reduzidos (10,5% ao ano) e prazos de pagamento estendidos (até 420 meses), visando atender principalmente a classe média. A expectativa é que as contratações comecem em maio, com uma seleção inicial de 100 mil moradias, financiadas por R$ 15 bilhões do FGTS e outros R$ 15 bilhões captados pelo setor privado.
Especialistas destacam que as novas regras tornam o MCMV mais atrativo que o financiamento tradicional, com economias significativas ao longo do tempo. Por exemplo, um imóvel de R$ 500 mil financiado em 30 anos teria uma redução de R$ 27 mil no valor total e parcelas mais acessíveis. A medida também amplia o acesso ao crédito, potencialmente incluindo 250 mil famílias a cada 1 ponto percentual de queda nos juros, segundo análises.
O setor imobiliário enxerga a mudança como um impulso para reduzir o déficit habitacional, enquanto economistas alertam para os impactos fiscais. A alocação dos recursos, classificada como despesa financeira e não primária, gera debates sobre seu efeito na dívida pública e no controle inflacionário. Apesar disso, a iniciativa é vista como um movimento estratégico do governo para fortalecer sua base eleitoral antes das eleições de 2026.