O governo federal anunciou que irá ressarcir todos os descontos irregulares feitos em aposentadorias e pensões do INSS entre 2019 e 2024. A declaração foi dada pela diretora de Orçamento e Finanças do instituto, que destacou que nem todos os descontos atuais são irregulares, mas os valores indevidos serão devolvidos após uma análise detalhada. A CGU revelou que 97,6% dos beneficiários entrevistados tiveram descontos não autorizados em seus benefícios, muitos sem qualquer vínculo com sindicatos ou associações.
A operação Sem Desconto, deflagrada pela PF, investiga um esquema de desvios que atingiu R$ 6,3 bilhões, com suspeitas de corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Seis pessoas foram afastadas, incluindo o então presidente do INSS. A CGU afirmou que a auditoria identificou falhas graves, resultando em medidas disciplinares, mas evitou estabelecer prazos para as restituições, alegando a complexidade do processo.
Embora o relatório da CGU tenha sido concluído em setembro de 2024, só agora foi divulgado, mostrando que 96% dos entrevistados não participavam de entidades que justificassem os descontos. O governo garantiu apoio aos afetados, mas ainda não detalhou como ou quando os valores serão devolvidos. Enquanto isso, as investigações continuam para apurar responsabilidades e evitar novos casos.