O governo dos EUA acusou a Universidade de Harvard de não cumprir requisitos legais sobre doações estrangeiras, exigindo a divulgação de nomes de doadores e registros de comunicação desde 2020. A instituição negou as alegações, afirmando que sempre cumpriu a lei, mas reconheceu que atender às novas demandas seria um desafio significativo. A Casa Branca também ameaçou bloquear verbas federais e retirar a isenção fiscal de Harvard, acusando-a de falhar no combate ao antissemitismo e de promover políticas contrárias ao “interesse público”.
Além disso, o governo pressionou a universidade a alterar critérios de admissão, implementar diversidade de opiniões entre professores e revisar práticas disciplinares, entre outras exigências. Harvard se recusou a ceder, defendendo a liberdade acadêmica e argumentando que nenhum governo deve interferir no funcionamento de instituições privadas. A resistência foi elogiada por críticos do governo, incluindo figuras políticas influentes, que viram na postura da universidade um exemplo para outras instituições.
Em paralelo, republicanos no Congresso anunciaram uma investigação sobre Harvard, acusando-a de violar direitos civis e pedindo informações sobre programas de diversidade e protestos pró-Palestina ocorridos no campus. A universidade, no entanto, mantém sua posição, reforçando o compromisso com a autonomia acadêmica. O conflito reflete tensões mais amplas entre o governo e instituições de ensino superior nos EUA, com Harvard se tornando um símbolo dessa disputa.