O governo dos Estados Unidos solicitou à Universidade de Harvard os registros de valores recebidos de fontes internacionais na última década, alegando falhas nas divulgações obrigatórias. A Secretária de Educação afirmou que a instituição não foi transparente ou completa em suas prestações de contas, o que viola a legislação americana. Harvard, que recebe financiamento federal, tem 30 dias para enviar os dados exigidos, incluindo informações sobre bolsas, contratos e doações superiores a US$ 250 mil anuais.
A medida ocorre em meio a tensões entre a administração federal e a universidade, que recentemente se recusou a adotar mudanças exigidas pelo governo, como o fim de programas de diversidade. Protestos no campus e ações judiciais de professores acusam o governo de usar leis de direitos civis para interferir na liberdade acadêmica. O conflito se intensificou após protestos pró-Palestina em Harvard, usados como justificativa para cortes bilionários em verbas federais.
Outras universidades, como Princeton e Columbia, também enfrentaram pressões semelhantes, com cancelamento de contratos de pesquisa e condicionamento de recursos. Harvard defendeu sua independência, afirmando que não negociará seus direitos constitucionais. O impasse reflete um embate mais amplo entre instituições de ensino e o governo federal sobre autonomia e transparência financeira.
(Com informações da Bloomberg)