O governo brasileiro planeja manter os juros em um dígito para as principais linhas de crédito do próximo Plano Safra (2025/26), mesmo com a taxa Selic em 14,25% ao ano, o maior patamar desde 2016. O ministro da Agricultura destacou que o desafio será garantir subsídios do Tesouro para beneficiar pequenos e médios agricultores, além de explorar alternativas como linhas de crédito dolarizadas, que não oneram os cofres públicos. A medida busca equilibrar o custo do crédito rural em um cenário de juros elevados.
Além disso, o governo está em busca de recursos adicionais para fortalecer o Pronamp, programa voltado a agricultores médios. O ministro afirmou que a estratégia inclui potencializar opções de financiamento em dólar, mantendo taxas abaixo de 10%. Ele também projetou uma queda nos preços dos alimentos no varejo, aliviando pressões inflacionárias que impactam a economia doméstica.
Por fim, o ministro minimizou preocupações com guerras tarifárias, destacando a competitividade do agronegócio brasileiro no mercado global. Apesar dos desafios econômicos, a expectativa é que o país amplie sua participação internacional, sustentado pela eficiência do setor agrícola. As decisões finais dependerão da disponibilidade de recursos e do cenário macroeconômico nos próximos meses.