O governador de São Paulo decidiu substituir o comando da Polícia Militar, trocando o atual comandante-geral por seu subcomandante, um nome alinhado ao secretário de Segurança Pública. A mudança, que deve ser oficializada em breve, ocorre em um contexto onde a violência segue como principal preocupação dos brasileiros, apesar da queda nos números de roubos no estado. Especialistas destacam que os prejuízos causados por crimes como roubo de celulares aumentaram devido à facilidade de transferências financeiras por meios digitais.
O estado também enfrenta uma escalada de crimes violentos, incluindo casos que ganharam repercussão pública, agravando a sensação de impunidade. A troca no comando da PM não é inédita: no ano passado, uma série de mudanças nos altos escalões da corporação gerou desconforto entre oficiais, visto como uma interferência política. Na ocasião, dezenas de coronéis foram realocados, e críticas surgiram sobre a possível influência do secretário de Segurança na escolha de nomes próximos a ele para cargos estratégicos.
A medida reflete a pressão por resultados na segurança pública, mas também reacende debates sobre a autonomia da polícia e os critérios para promoções e nomeações. Enquanto o governo afirma que as mudanças seguem critérios de mérito, setores internos veem riscos de politização da instituição. O cenário permanece sob observação, especialmente diante do desafio de combater a criminalidade sem afetar a moral da corporação.