O governador de Goiás usou suas redes sociais para contestar os números divulgados por uma força-tarefa federal que investiga a possível infiltração do crime organizado em postos de combustíveis em 22 estados. Segundo ele, apenas 26 estabelecimentos no estado estão sob investigação, sendo a maioria por sonegação fiscal e apenas quatro por ligação com organizações criminosas. O governador questionou a falta de diálogo com o governo federal sobre os dados e afirmou que a divulgação de informações incorretas seria uma manobra política.
Em sua publicação, o governador destacou a ausência de operações federais contra facções criminosas nos últimos anos e acusou o governo central de inação no combate ao crime organizado. Ele ressaltou que, em Goiás, as políticas de segurança reduziram a criminalidade em quase 90% em seis anos, contrastando com a percepção nacional, onde a violência é apontada como principal problema. Além disso, afirmou que o estado não tolera a atuação de facções, garantindo que presídios não funcionam como bases criminosas.
O documento federal coloca Goiás como o segundo estado com mais postos investigados, atrás apenas de São Paulo. O governador, no entanto, reiterou que o estado tem sido proativo no enfrentamento ao crime, especialmente no setor de combustíveis, e que a segurança pública local tem alta aprovação. A divergência entre os dados federais e estaduais permanece sem esclarecimento, enquanto a discussão ganha tom político.