Em “Murderous Unicorns”, o horror americano dirigido por Alex Scharfman propõe uma visão perturbadora das criaturas míticas: longe de serem seres mágicos e inocentes, os unicórnios aqui são bestas selvagens, com olhos âmbar enlouquecidos e chifres cobertos de entranhas humanas. Produzido pelo estúdio A24, o filme mergulha em uma estética lo-fi e em cenas de gore extremo, como esfaqueamentos e membros decepados, mas peca pela falta de originalidade no humor e na trama. Apesar do conceito criativo, a narrativa recai em clichês, especialmente ao apontar a indústria farmacêutica como a verdadeira vilã, representada por executivos gananciosos.
O longa, que estreia nos cinemas do Reino Unido e Irlanda, não é o primeiro a explorar unicórnios assassinos – a animação cult “Unicorn Wars” (2022) já os retratou em uma guerra sangrenta contra ursinhos de pelúcia. No entanto, Scharfman, em sua estreia na direção, tenta imprimir sua própria marca, mesclando comédia e terror com um elenco que inclui nomes conhecidos. Ainda assim, a crítica sugere que o filme poderia ter sido mais incisivo, tanto nas piadas quanto na crítica social que pretende fazer.
Enquanto a premissa central é divertida e visualmente impactante, “Murderous Unicorns” acaba sendo mais estilo do que substância. A violência excessiva pode agradar fãs do gênero, mas a falta de profundidade na trama e nos personagens deixa a desejar. O filme parece contente em ser apenas um exercício de estilo, sem ambicionar algo além de um espetáculo sanguinário e irreverente.