O Goldman Sachs alertou que as novas tarifas impostas pelos Estados Unidos à China podem reduzir o crescimento do PIB chinês em pelo menos 0,7 ponto percentual em 2024. O banco destacou que, antes das medidas anunciadas pelo governo norte-americano, a economia chinesa estava superando expectativas, com possibilidade de revisão para cima das projeções. No entanto, as tarifas adicionais de 34% sobre produtos chineses, elevando a carga tributária total para 54%, devem pressionar o desempenho econômico do país.
Em resposta, a China pode acelerar medidas de estímulo fiscal e monetário, incluindo cortes nas taxas de juros e reduções do depósito compulsório, conforme sugerido pelo jornal estatal People’s Daily. O governo também estuda expandir déficits fiscais e emitir títulos especiais para impulsionar o consumo interno e acelerar políticas já em andamento. O Goldman Sachs manteve sua previsão de crescimento de 4,5% para 2025, citando dados positivos do primeiro trimestre e expectativas de flexibilização política, mas revisou para baixo a projeção de lucros, de 9% para 7%.
Além disso, o banco reduziu sua posição em Taiwan no portfólio asiático, devido à alta exposição às exportações para os EUA e à sensibilidade do mercado. A China já retaliou com contramedidas, intensificando as tensões comerciais. O cenário sugere maior volatilidade nos mercados globais, com investidores se preparando para possíveis turbulências nas bolsas.