O Goldman Sachs aumentou sua estimativa de probabilidade de recessão nos Estados Unidos de 35% para 45%, marcando a segunda alta em uma semana. O ajuste reflete preocupações com o impacto da escalada da guerra comercial, impulsionada por tarifas mais altas do que o esperado, anunciadas recentemente. Outros grandes bancos, como J.P. Morgan, também revisaram suas projeções, elevando o risco de recessão para 60%, com receios de que as medidas tarifárias possam inflamar a inflação e provocar retaliações de outros países, como a China.
Além disso, o Goldman Sachs reduziu sua perspectiva de crescimento econômico dos EUA para 2025, de 1,5% para 1,3%, enquanto o Wells Fargo Investment Institute projetou 1% e o J.P. Morgan previu uma contração trimestral de 0,3%. Os mercados globais reagiram negativamente aos anúncios, com quedas nas bolsas asiáticas e aumento do dólar frente a moedas emergentes, como o real brasileiro.
Em meio ao cenário de incerteza, instituições financeiras revisaram suas expectativas para os cortes de juros pelo Federal Reserve. O Goldman Sachs agora prevê três reduções consecutivas de 25 pontos-base, começando em junho, enquanto o J.P. Morgan espera cinco cortes até janeiro de 2025, levando a taxa básica para 3%. Operadores, em média, antecipam pelo menos quatro reduções este ano, refletindo a crescente pressão por medidas para estimular a economia.