A projeção do JP Morgan aponta que o preço do ouro pode ultrapassar US$ 4.000 por onça até o segundo trimestre de 2026, impulsionado pelo aumento das probabilidades de recessão e pelas tensões comerciais entre EUA e China. O banco revisou sua estimativa para o quarto trimestre de 2024, elevando a média para US$ 3.675/onça, com possibilidade de superação antecipada caso a demanda—especialmente de investidores e bancos centrais—continue forte. Neste ano, o metal já acumula alta de 29%, batendo 28 recordes e atingindo pela primeira vez a marca de US$ 3.500/onça.
O cenário de alta é sustentado pela demanda consistente de bancos centrais, que adquiriram em média 710 toneladas líquidas por trimestre em 2024. No entanto, riscos persistem, como uma eventual queda inesperada nessa demanda ou um crescimento econômico mais resistente nos EUA, que poderia levar o Federal Reserve a adotar medidas mais duras contra a inflação. O Goldman Sachs também revisou suas projeções, elevando a previsão para o fim de 2025 de US$ 3.300 para US$ 3.700/onça, com possibilidade de US$ 4.500/onça em cenários extremos.
Além do ouro, o JP Morgan destacou perspectivas menos otimistas para a prata no curto prazo, devido à incerteza na demanda industrial, mas projetou uma recuperação no segundo semestre de 2025, com preços chegando a US$ 39/onça até o final do próximo ano. As análises refletem um mercado em turbulência, onde metais preciosos continuam a ser vistos como ativos seguros em meio a volatilidade global.