A presidente do Banco Central Europeu (BCE) destacou, durante as Reuniões de Primavera do FMI, que a economia global enfrenta obstáculos crescentes devido ao aumento do protecionismo e das tensões comerciais. Ela alertou que a incerteza política está afetando os investimentos e que a fragmentação comercial pode prejudicar as cadeias de suprimento globais. Além disso, inflação e tensões geopolíticas trazem riscos adicionais, com possíveis impactos nas taxas de câmbio e nos preços de importação.
A economia da zona do euro deve crescer de forma moderada, mas os riscos negativos se intensificaram, pressionando exportações, investimentos e consumo. Apesar disso, o mercado de trabalho mostra resiliência. A autoridade monetária reforçou que não há um caminho pré-definido para as taxas de juros, mantendo uma postura dependente de dados econômicos.
Diante desse cenário, foram defendidas políticas fiscais e estruturais para impulsionar a competitividade, com ênfase em investimentos estratégicos. A transição verde e a integração econômica foram apontadas como áreas prioritárias para sustentar o crescimento no longo prazo. O discurso reforçou a necessidade de cooperação global para mitigar os efeitos das atuais turbulências econômicas.