Neste sábado (12), o Gabão realiza uma eleição presidencial que pode marcar o retorno à ordem constitucional após o golpe de 2023. Brice Oligui Nguema, líder da junta militar e favorito nas pesquisas, busca se tornar o primeiro dirigente eleito desde a queda da dinastia Bongo, acusada de má gestão durante décadas no país da África Central. Cerca de 920 mil eleitores estão aptos a votar, com resultados previstos para segunda-feira, em um pleito monitorado por 2,5 mil observadores.
A campanha eleitoral foi dominada pela presença de Oligui, que prometeu uma transição para o poder civil após supervisionar a elaboração de uma nova Constituição. Seus sete adversários, incluindo ex-membros do governo anterior, tiveram pouca visibilidade. Enquanto o candidato principal se apresenta como um reformador, críticos o acusam de manter laços com o antigo sistema.
A eleição ocorre em um momento desafiador para o Gabão, país rico em petróleo mas afetado por crises econômicas, infraestrutura precária e serviços públicos deficientes. O próximo governo herdará problemas como desemprego, cortes de energia e falta de investimentos em saúde e educação, num cenário que exige reconstrução após anos de instabilidade.