A executiva nacional do PSDB aprovou, por unanimidade, a convocação de uma convenção para confirmar a fusão com o Podemos, marcada para junho. O novo partido, temporariamente chamado de PSDB+Podemos, ainda terá seu nome definitivo e símbolos definidos por uma comissão mista ao longo de maio. A fusão depende também da aprovação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e de convenções partidárias, que devem consolidar detalhes como estatuto, programa e divisão de cargos.
Juntos, os partidos podem formar a sétima maior bancada da Câmara, com 28 deputados, e a quarta do Senado, com sete representantes. A união busca frear a crise interna do PSDB, que perdeu membros para outras siglas, e garantir acesso a recursos públicos e tempo de mídia nas eleições de 2026. A expectativa é que a fusão fortaleça um projeto de centro, aliando liberalismo econômico a políticas sociais inclusivas.
A decisão surge em um momento crítico para o PSDB, que enfrenta seu pior desempenho eleitoral desde 2022, com perda de governos e redução de bancadas. A fusão com o Podemos é vista como uma estratégia para evitar o desaparecimento do partido, garantindo sua sobrevivência financeira e política. A nova legenda herdará R$ 384,6 milhões do fundo eleitoral e buscará ampliar sua base eleitoral, driblando a cláusula de barreira que exige desempenho mínimo nas próximas eleições.