O funeral do papa Francisco, realizado neste sábado, 26, no Vaticano, reuniu mais de 200 mil fiéis na Praça de São Pedro, marcado por uma homilia que celebrou seu legado de proximidade com as pessoas, especialmente os marginalizados. O cardeal Giovanni Battista Re, que celebrou a missa, destacou a dedicação de Francisco em ouvir e acolher, além de seu compromisso com a paz e a justiça social. A cerimônia também lembrou sua última aparição pública, no Domingo de Páscoa, quando, mesmo fragilizado pela saúde, abençoou a multidão em um gesto simbólico de despedida.
A homilia enfatizou o pontificado de Francisco como um período de diálogo e inclusão, inspirado em São Francisco de Assis. Seu estilo direto e humano, aliado a uma linguagem acessível, permitiu que sua mensagem de misericórdia e fraternidade ressoasse globalmente. Viagens como as de Lampedusa, Lesbos e Iraque simbolizaram seu compromisso com os refugiados e vítimas de conflitos, enquanto encíclicas como “Laudato si'” e “Fratelli tutti” reforçaram seu chamado à cuidado com o planeta e à unidade humana.
O texto também destacou o Jubileu da Misericórdia, iniciativa que sintetizou sua visão de uma Igreja acolhedora, e sua crítica à “cultura do descarte”. Francisco foi lembrado como um líder que buscou construir pontes, não muros, e que enxergava a fé como um serviço à humanidade. Ao final, os presentes foram convidados a rezar por ele, assim como ele pedia em vida, encerrando a cerimônia com um apelo à esperança e à continuidade de seu legado.