Apesar do cenário de juros elevados no Brasil, incertezas globais e tensões tarifárias, alguns fundos imobiliários (FIIs) apresentaram desempenho excepcional, distribuindo dividendos generosos aos cotistas. Um relatório da Grana Capital revelou que, nos últimos 12 meses, certos FIIs chegaram a oferecer um dividend yield de até 46,18%, com destaque para o BRIP11, que distribuiu R$ 374,07 por cota. No entanto, o fundo também registrou queda de 17,93% no período, refletindo os riscos associados a investimentos em fase de desinvestimento, como questões tributárias e custo de oportunidade.
Entre os principais pagadores de dividendos, além do BRIP11, destacaram-se o BRIM11 (36,86% de DY) e o PLRI11 (35,99% de DY), enquanto outros fundos, como o HCTR11, também apareceram na lista com retornos significativos. Especialistas alertam que investimentos em FIIs em processo de desinvestimento exigem análise individual, já que a amortização do capital pode implicar em cobrança de impostos. Além disso, o mercado secundário ainda oferece oportunidades, com fundos FoF operando com descontos de até 20%.
Para 2025, a expectativa é de um movimento lateral no mercado de FIIs, influenciado pelos juros altos e pelo cenário eleitoral. Apesar disso, analistas apontam que surpresas positivas no campo fiscal podem impulsionar as cotações a partir de 2026. Enquanto isso, investidores podem encontrar boas oportunidades em carteiras que pagam cerca de 1% de dividendos líquidos ao mês, aproveitando os descontos ainda presentes no mercado.