Após a tragédia climática no Rio Grande do Sul, que deixou milhares desabrigados, um fundo de investimento de impacto social tem fornecido crédito acessível a pequenos empresários afetados. O modelo, que já foi testado durante a pandemia de Covid-19, oferece empréstimos de R$ 10 mil a R$ 200 mil com juros a partir de 0,99% ao mês, sem exigência de garantias. Além disso, empresas elegíveis têm seis meses de parcelas reduzidas, ajudando na recuperação de negócios prejudicados por enchentes e falhas na cadeia de suprimentos.
O fundo utiliza uma estratégia de “blended finance”, combinando doações e investimentos de impacto para manter os juros baixos. Inicialmente criado para auxiliar micro e pequenas empresas durante a pandemia, o modelo já liberou mais de R$ 320 milhões em crédito, com inadimplência abaixo do esperado. Agora, a gestora planeja expandir o modelo para a Amazônia, visando reduzir a pressão sobre a floresta ao oferecer alternativas econômicas legais para comunidades locais.
Apesar do cenário econômico desafiador, com juros altos e cautela no mercado financeiro, a iniciativa se destaca por ser contracíclica, atendendo justamente quando o crédito tradicional escasseia. A gestora busca se tornar referência global em investimentos de impacto, destacando o potencial do Brasil nesse setor. Com planos de lançar um fundo exclusivo para a Amazônia ainda este ano, o projeto demonstra como modelos inovadores podem unir filantropia e retorno financeiro para gerar impacto social positivo.