A freira francesa Geneviève Jeanningros, de 81 anos, ganhou destaque ao quebrar o protocolo durante o funeral do papa Francisco, aproximando-se do caixão na Basílica de São Pedro. Auxiliada por um segurança, ela permaneceu alguns minutos junto ao cordão de proteção, visivelmente emocionada. Conhecida por sua amizade com o pontífice, a religiosa mantinha correspondência frequente com ele e já havia participado de encontros marcantes em seu trabalho pastoral.
Parte da fraternidade Irmãzinhas de Jesus, Geneviève lidera um projeto em Roma que acolhe minorias, incluindo transexuais e pessoas marginalizadas. Ela mora em um trailer na periferia da cidade e já facilitou encontros entre o papa e indivíduos em situações vulneráveis, como familiares de vítimas da Covid-19 que enfrentaram discriminação. Sua atuação segue o carisma de Charles de Foucauld, focando em levar a Igreja aonde ela tem mais dificuldade de chegar.
Em 2024, a freira participou de uma audiência geral com Francisco acompanhada por um grupo diverso, incluindo membros da comunidade LGBTQIA+ e voluntários de pastoral. Na ocasião, destacou que não questionava a orientação sexual das pessoas, mas sim seu compromisso com a solidariedade. Sua postura humanizada e sua relação próxima com o papa reforçam seu papel como ponte entre a instituição religiosa e as minorias.