Geneviève Jeanningros, uma freira francesa de 81 anos da congregação Pequenas Irmãs de Jesus, viveu décadas acompanhando comunidades nômades, como artistas de circo e ciganos, na Itália. Sua trajetória cruzou com a do Papa Francisco quando ele ainda era arcebispo de Buenos Aires, iniciando uma amizade que incluía encontros semanais. O pontífice a chamava carinhosamente de “enfant terrible” (criança terrível), demonstrando a proximidade entre os dois.
Durante o funeral do Papa, a freira foi vista chorando diante do caixão, em um momento que quebrou o protocolo. A Guarda Suíça permitiu que ela se aproximasse, atendendo a um pedido expresso de Francisco antes de sua morte. O Vaticano confirmou que Jeanningros estava entre as amizades emblemáticas que tiveram acesso prioritário ao velório, destacando o vínculo especial entre eles.
Ambos compartilhavam uma visão pastoral voltada para as “periferias humanas”. A freira era conhecida por seu trabalho com minorias, incluindo pessoas LGBTQIA+ e trabalhadores precários, ecoando a mensagem do Papa de que “ninguém deve ser descartado”. Sua história ilustra a conexão entre duas trajetórias marcadas pelo acolhimento aos marginalizados.