As notificações de fraudes no Pix atingiram uma média mensal superior a 390 mil casos em 2024, segundo dados do Banco Central obtidos via Lei de Acesso à Informação. Em janeiro de 2025, último mês com registros disponíveis, foram 324.752 notificações aceitas pelas instituições financeiras. O crescimento acompanha a expansão do Pix: em 2021, a média era de 30.892 fraudes por mês, subindo para 136.882 em 2022 e 216.046 em 2023. Apesar do aumento, as ocorrências representam apenas 0,007% do total de transações mensais desde abril de 2023.
Para combater o problema, o BC tem implementado medidas de segurança, como o limite noturno para transferências e a exigência de cadastro prévio de contas para valores altos. Em outubro de 2025, entrará em vigor o autoatendimento do Mecanismo Especial de Devolução (MED), simplificando a solicitação de reembolso em casos de fraude. Outras mudanças incluem limites reduzidos para transações em dispositivos não cadastrados (R$ 200 por operação e R$ 1.000 diários) e um sistema de compartilhamento de dados sobre fraudes entre instituições.
O setor financeiro defende punições mais rigorosas, como o banimento de cinco anos para clientes que emprestem contas para crimes, exceto para recebimento de salários e benefícios governamentais. Também há discussões sobre responsabilizar dirigentes de instituições com índices elevados de fraudes, incentivando o reforço de medidas internas de segurança. O BC não se manifestou sobre o crescimento das fraudes, mas a tendência aponta para a necessidade contínua de aprimorar as regras do sistema.