O ministro-chefe da Advocacia-Geral da União (AGU) afirmou que o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) é alvo de uma fraude sistêmica que ocorre desde pelo menos 2019, prejudicando aposentados e pensionistas. Com valores superiores a R$ 6 bilhões envolvidos, a AGU criou um grupo de trabalho especializado, composto por advogados federais experientes, para apurar o caso e recuperar os ativos desviados. A atuação concentra-se em duas frentes: corrigir falhas institucionais que permitiram a fraude e garantir o ressarcimento das vítimas, incluindo o próprio INSS.
A operação, considerada de grande magnitude, mobilizou centenas de policiais federais e auditores da Controladoria-Geral da União (CGU), que cumpriram mais de 200 mandados de busca e apreensão. O ministro destacou o compromisso do governo em proteger a previdência social e assegurar que os prejudicados sejam indenizados integralmente. A investigação enfrenta desafios devido ao tempo decorrido, ao número de vítimas e aos altos valores em jogo.
O governo federal tem buscado comunicar de forma transparente as ações tomadas contra a fraude, com o presidente determinando medidas enérgicas e destacando um ministro para coordenar a divulgação dos resultados. No entanto, a estratégia foi afetada por divergências internas, como a resistência em demitir um alto funcionário do INSS durante a coletiva sobre o caso. A situação expõe tensões na equipe e a complexidade de combater esquemas de corrupção em grande escala.