Uma investigação da Controladoria-Geral da União (CGU) e da Polícia Federal (PF) expôs um esquema de fraude que desviou cerca de R$ 6 bilhões de aposentados e pensionistas do INSS desde 2019. Os valores eram indevidamente descontados dos benefícios sem autorização, utilizando assinaturas falsas. A operação resultou na prisão de seis pessoas e na apreensão de bens de luxo, como carros, joias e obras de arte, além da demissão do presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, afastado por suspeita de omissão.
O esquema foi descoberto após auditores notarem um aumento abrupto nos descontos feitos por associações vinculadas ao INSS. Em 2016, os valores eram de R$ 413 milhões, mas em 2024, ultrapassaram R$ 2,8 bilhões. Aposentados confirmaram que não autorizaram os descontos, indicando que as entidades agiam de forma ilegal. Uma das organizações investigadas é o Sindnapi, que declarou apoio às apurações.
O governo suspendeu acordos com 29 associações envolvidas no caso, enquanto o ministro da Previdência, Carlos Lupi, afirmou que aguardará o andamento do processo. A demissão do presidente do INSS ocorreu após pressão das investigações, que apontam falhas na fiscalização. As autoridades destacam a vulnerabilidade dos idosos, principais vítimas do esquema, e reforçam a necessidade de medidas para evitar novos crimes.