Um caso investigado pela polícia expôs uma vida dupla construída com documentos falsos e uma identidade inventada. O indivíduo, registrado originalmente com um nome comum, teria criado uma persona aristocrática, assumindo um nome pomposo e alegando descendência britânica. Com essa falsa identidade, ele conseguiu ingressar no sistema judiciário, onde atuou como magistrado por mais de duas décadas sem levantar suspeitas.
A fraude só foi descoberta anos depois, quando uma inconsistência em um pedido de nova carteira de identidade revelou a duplicidade de registros. Sistemas de controle flagraram que duas pessoas diferentes compartilhavam a mesma impressão digital, o que levou a uma investigação aprofundada. Autoridades constataram que a identidade britânica era fictícia, e que o suposto “irmão gêmeo adotado” não passava de uma invenção.
O Ministério Público denunciou o caso por crimes como falsidade ideológica e fraude em concurso público, resultando na suspensão dos benefícios previdenciários do acusado. O tribunal aguarda sua defesa, mas sua localização permanece incerta. O caso levanta questões sobre a validade das decisões judiciais assinadas durante os anos em que a identidade falsa esteve em uso.