A 4ª edição do Fórum Permanente sobre Pessoas Afrodescendentes da ONU teve início nesta segunda-feira (14) em Nova York, com o objetivo de promover a segurança, qualidade de vida e direitos dessa população. O evento, estabelecido em 2022, funciona como um mecanismo consultivo do Conselho de Direitos Humanos e aborda temas como justiça climática, combate ao racismo e inclusão econômica. Representando o Brasil, a ministra da Igualdade Racial destacou avanços nacionais, como o aumento de profissionais negros no serviço público federal, e reforçou a importância de políticas transversais para reduzir desigualdades históricas.
O tema central desta edição é a justiça restaurativa na era da inteligência artificial, com foco na reparação dos legados da escravização e do colonialismo. O debate inclui a necessidade de agendas globais que considerem raça e gênero, especialmente para mulheres e meninas afrodescendentes, além da criação de sistemas de IA éticos e inclusivos. A proposta brasileira da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, lançada durante a Cúpula do G20, também foi mencionada como uma iniciativa relevante para o desenvolvimento equitativo.
O fórum segue até 17 de abril, com discussões sobre políticas públicas para enfrentar o racismo sistêmico e garantir direitos em áreas como saúde, educação e tecnologia. A transversalidade da igualdade racial foi enfatizada como um princípio essencial para avançar em todas as esferas da sociedade, desde a economia até a cultura.