Em um ano marcado por perdas significativas entre os mais ricos do mundo, Warren Buffett se destaca como uma das poucas exceções. Sua fortuna pessoal aumentou US$ 11,5 bilhões em 2025, alcançando US$ 153,5 bilhões, mesmo após as tarifas impostas pelo governo dos EUA desencadearem uma queda generalizada nos mercados globais. Apesar de uma redução de US$ 14,5 bilhões desde abril, Buffett, de 94 anos, consolidou-se como a quarta pessoa mais rica do mundo e uma das duas únicas entre os 20 primeiros a registrar ganhos este ano.
Enquanto isso, os 500 maiores bilionários perderam mais de US$ 500 bilhões nas duas sessões de negociação após o anúncio das tarifas. Elon Musk, ainda o mais rico do mundo, viu seu patrimônio líquido cair para US$ 297,8 bilhões, abaixo da marca de US$ 300 bilhões pela primeira vez desde novembro. As ações da Berkshire Hathaway, conglomerado de Buffett, tiveram desempenho relativamente melhor, recuando 8,8% contra uma queda de 10,7% do S&P 500, refletindo a resiliência do setor de seguros e propriedades.
Especula-se que Buffett possa aproveitar a volatilidade para realizar aquisições estratégicas, após períodos de cautela em grandes negócios. Recentemente, ele reduziu posições em Apple e Bank of America, empresas que sofreram quedas acentuadas. Seu movimento contrasta com o cenário geral, onde a maioria dos bilionários enfrenta perdas expressivas, destacando sua habilidade em navegar crises.