A Ford decidiu interromper o envio de caminhonetes e carros esportivos dos EUA para a China após o aumento das tarifas impostas pelo país asiático em resposta às medidas comerciais americanas. Modelos como Mustang, F-150 e Bronco, fabricados em estados como Michigan e Kentucky, foram afetados. As informações, divulgadas pelo Wall Street Journal, destacam que os impostos sobre esses veículos podem chegar a 150%, impactando diretamente o preço final para os consumidores chineses.
Em 2024, a Ford exportou cerca de 5.500 veículos de alto valor para a China, número significativamente menor que a média anual de mais de 20.000 unidades registrada na última década. Além de automóveis, a empresa também comercializa motores no mercado chinês, enquanto importa o modelo Lincoln Nautilus produzido localmente. A decisão reflete os desafios enfrentados pelas montadoras diante das tensões comerciais entre as duas maiores economias do mundo.
A medida ilustra os efeitos práticos da guerra comercial, que tem levado empresas a ajustarem suas estratégias globais. Com tarifas elevadas, produtos como o F-150 Raptor, que custa aproximadamente US$ 100 mil na China, tornam-se menos competitivos. A situação pode pressionar ainda mais as relações comerciais bilaterais, enquanto as montadoras buscam alternativas para manter sua presença no mercado chinês.